quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

16.12.2011

Já nem posso "literar" meus delírios sem ser questionada... Esta ficando difícil expressar meus sentimentos.
Sei que meus escritos não são poéticos, nem apaixonantes. Mas é assim que minha alma soa... atonal, descompassada, sem sentido, inconstante...
Escrevo para não enlouquecer, para tirar de mim um pouco da parte feia, tirar o que dói sem causar dor em outros, escrevo para não ter que gritar meu amor e meu descontentamento. Escrevo para registrar o que acontece nas camada mais internas da minha humana forma, na parte que nem sabem que tenho. Estou perdida no quintal de minha própria casa, escrevo para marcar o caminho ate meu coração.

Fragmentos de alma...2

"Qualquer distancia maior que a de um abraço é larga demais para meu amor... Te amo como se amam os santos... com fé e admiração... com paciência, devoção e esperança de que tudo ficara bem."

Hoje eu conheci uma dor nova...
Não sei definir bem como ela é... Algo parecido com angustia e ansiedade, porem, um pouco mais afiada... algo parecido com duvida e culpa... porem, um tanto mais pesada... É uma daquelas que te rasga de dentro para fora, ate o limite da pele... daquelas que você pode ver, não apenas sentir. Uma daquelas dores que escondemos por vergonha, por não saber explica-la, por não querer intervenção, nem analgésicos...tive febre essa noite, pouco antes dela se instalar em mim, meu corpo tentou rejeita-la mas ela foi mais forte e agora pressiona as outras contra meu peito...a pele já fina como esta, não demora rasgar... Meu medo é que a fissura as liberte, e minhas dores se espalhem, nas almas, nas carnes, nos olhos e nos ossos de outros, como uma centelha que se propaga sem qualquer restrição.
Ela é o motivo de minha noites de insônia.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Ahroun: meu coração ja solidificou, só guardo ainda nele meu pequeno que para mim sempre sera meu pequeno príncipe, mas os fantasmas de meus sonhos me atormentam todas as noites, viraram pesadelos constantes doíam muito entao arranquei meu coraçao para nao sentir mais dor, e deixei ele morrer entao ele apodreceu, secou, enfim virou fossil, guardei apenas com o que mais importa dentro....ja n sou o mesmo, como vc queria eu mudei...mas nem toda a mudança é boa, a sua foi pessima e a minha pior ainda...so me resta o luto eterno, porque o que morreu era simplesmente inigualável, quando me levantar da poeira que sobrou terei superado o fim da vida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fragmentos de alma...1

Nasci com a síndrome do sorriso frouxo... largo... escancarado... alto...com ou sem sentido. Mas descobri que tem cura, é só deixar a vida te da muita pancada, permitir as pessoas que te cercam te trair e te enganar, depois é só fazer e o terrível sacrifício de dilacerar seu coração, arrancar as partes feridas e confiar mais uma vez... Com o tempo seu coração vai ficando pequeno e assustado a ponto de quase desaparecer, os sorrisos escassos e tímidos... Então quando seu sorriso for tão discreto ao ponto não ser percebido, você estará pronto para conviver com pessoas sem se ferir. Humanos são predadores, incansáveis caçadores de sorrisos... 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Borboletas no estomago...

domingo, 2 de outubro de 2011



 Sobre os cacos da bailarina Sophia chorava...
Angustiadas lagrimas de dor...dor de perder...dor por não mais possuir ...
Dor...
Simples para quem vê de fora é entender que aquele não era um bom motivo para chorar, era apenas um objeto quebrado.
Fácil julgar estúpido o sofrimento da pequena.
Difícil era para ela acostumar seus olhos a percorrer a casa sem fitar a elegante placidez da esguia bailarina de sapatilhas delicadamente pintadas de lilás.
Difícil...
Não sabia ela que a beleza de uma bailarina esta no giro preciso...esta na delicadeza do movimento das mãos...esta na ponteira já gasta...no erguer sutil do tutu quando delicada inclina quase tocando o chão.
Como poderia ela saber? Ainda tão jovem a pobre menina...
Assim como os caçadores de borboletas que desconhecem que para elas o tempo é curto e as priva da real beleza, o único motivo de sua espera e de toda transformação... tudo por um dia de vôo, tudo para poder sentir as flores nas pontinhas dos pés e descansar..
Ela pensava ser possível capturar para si a beleza...
Talvez ainda pense...
Mas...um dia descobrira diante do espelho que a beleza se esvai  com tempo.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

30.09.2011

Faz tempo que o tempo não me permite compartilhar os pensamentos... A verdade é que tempo até tenho... mas perdi o trato com as palavras, tudo tão desconexo... tão fora do real sentimento... palavras , palavras, pilhas e pilhas cheias de palavras vazias.
A verdade mesmo é que cada pedaço importante de mim se desprendeu e agora rumam sozinhos os caminhos que bem entendem. E eu aqui... peito aberto... tentando segurar o coração para que não se vá também.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Boa noite!


Quando os homens adormecem os anjos caminham pelas ruas livremente...Alguns ficam velando, cuidando, intercedendo...
O problema é que essa cidade não dorme, os homens são expectros noturnos vagando pelas ruas em busca momentâneos prazeres. Assim, os anjos não podem trabalhar, anjos habitam nos longos silêncios, nos abafados soluços das preces, ao lado das crianças que pedem proteção.
Vamos parar um pouco com barulho aqui fora, para que os anjos possam ouvir o que diz nossos corações, tem que ser suave e esta sereno, para decifrar o que significam as batidas e suas acelerações, não é fácil entender um coração magoado, ele bate baixinho, pesado... Agora dorme querido...silencio para que os anjos possam ouvir teu coração...Boa Noite!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

04.07.2011

Hoje acordei e vi o caminho embaralhado a minha frente... senti vontade de parar de tentar, simplesmente sentar e espera que tudo se alinhe novamente, que o caminho a segui torne-se iluminado e fácil. Mas isso não vai acontecer eu sei, o tempo que fico sentada fitando os nós é tempo perdido, tempo de um nó a menos, tempo de um passo a mais. Tentar seguir ignorando os nós, é garantir que meu futuro seja assim...embaralhado e certamente uma hora ou outra vai me amarrar as pernas e me impedir de seguir. Não quero isso para minha vida. Será que o atalho que peguei lá atras me levara a lugar nenhum? Sera que desse ponto do caminho já não posso voltar? Voltar é perder ainda mais tempo, os Nós que deixei no caminho já petrificaram... e agora para onde caminha meu coração?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

01.07.2011

vivi muito e intensamente... caminhei por avenidas e vias precariamente asfaltadas... corri riscos, busquei riscos, inventei riscos...e com eles rabisquei o chão. vivi muito e com vontade... e matando a vontade...e ficando a vontade...me afogando em vontades. Vivi sim e ainda vivo...mas agora não sozinha.

terça-feira, 21 de junho de 2011

21.06.2011

hoje tive um encontro com o lobo.
E como sempre não pude resistir ao seu carnal encanto.
seus beijos ainda ardem em minha boca,
seu perfume ainda esta em meus cabelos,
a lembrança do seu toque ainda me arrepia...
Sinto seu halito quente em minha nuca...
o calor intenso de sua pele causa em mim, uma febre lasciva,
sou dependente da composição química do seu corpo...
Só o tempo faz adormecer a fome desse vicio,
mas a cura eu desconheço... E já nem quero.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Doce Púrpura


"... Sentado a beira do lago estava o desconhecido cavaleiro,
seu brilho resplandecia nas águas mais sublime e intenso que o da própria lua...
Eu quis ver mais de perto...
o dorso nu, os olhos fixos em algum ponto de estrela, ele parecia não respirar.
Um piscar de olhos, uma pedra solta e fui praticamente atirada em seus braços.
Agarrei-me a ele e findo pudor onde só havia desejo pedi perdão.
Em resposta apenas o mais profundo silencio, como se subitamente tudo tivesse parado... a medida em que eu recuava, seu calor precipitava-se em minha direção.
E ao segurar-me percebeu, que minha pele gelada estava tremendo de frio e apavoramento.
não fui capaz de pronunciar o segundo... não.
Não ofereci nenhuma resistência, meus lábios foram os últimos a ceder... tudo em mim a tempos estava sob seu comando.
logo estava eu despida, tomada nos braços como uma noiva adentra a câmara nupsial, fui eu levada sobre acalma superfície da água, pude sentir aos poucos o morno toque em meus pés.
A medida em que era gentilmente mergulhada no lago, meu cavaleiro mergulhava também em mim..." Doce Purpura (Trecho)

domingo, 19 de junho de 2011


Sou o tipo de pessoa rara
que não usa mascara...
Sou o tipo de pessoa rara
que ama indiscriminadamente.
Sou o tipo de pessoa rara
que se sente confortável
vestindo a própria pele...
Não me vendo, Não me escondo,
não me troco, não me nego...
Apenas me permito, me entrego
e me refaço a cada nova manhã.

20.06.2011

..."Para frente é que se anda!"

Ouço tanto isso que já estou começando a aceitar...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ego


Quando eu me visto e saio para rua...
me visto para rua, me visto para causar.
No jardim asfaltado de todos os dias
sou uma flor mutável e exuberante,
de cores quentes ou frias dependendo do meu humor.
Sou uma flor agraciada com o poder da escolha,
troco de pétalas ao meu bel prazer... longas...curtas...
Curtam ou não.
E quando me visto de nua a rua para, para me olhar.
Não sou esmaecida e singela como os cravos e as margaridas.
sou versátil como as orquídeas
mesmo com muitas outras da mesma espécime
continuo unica, linda e surpreendente.

domingo, 12 de junho de 2011

12.06.2011


Hoje...
Sem razão choro por dentro, senti raiva, medo,arrependimento, um pouco mais de arrependimento e nada. Isso mesmo...nada. O pior e o melhor é o nada... o nada que acalma, que entorpece, ameniza, cicatriza... esse mesmo nada é o responsável por uma terrível sensação de pequenez...de alma, de espirito, de vida de sonhos. Tudo em mim é tão pequeno, que muitas vezas nem noto os pés sobre minha cabeça, como um "costume", como as formigas que pisamos sem esmagar. Sou pequena como o prazer de um gozo ou talvez dois...

domingo, 5 de junho de 2011

05/06/2011

Hoje eu estou feliz!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

27 de maio de 2011


Madrugada estranha... Calor, chuva, arrepios... Meu coração em frangalhos, meus nervos a flor da pele e a flor da pele desidratando ... A algum tempo, quase tudo é cansaço e frustração. Descobri tardiamente que sou um organismo de carências simples, comer, excretar, dormir, comer... A vida é feita de pequenos e grandes círculos finitos, de delicias, letargio, imundícies e morte. Eu via o mundo escondida por trás da película rosa de minha ignorância e realmente pensei ser esta sua cor, mas tarde resolvi me aventurar, envenenada pela melosidade das mocinhas de novela... Imaginem meu susto ao ver o mundo como ele é...A ausência de cores, a simplicidade das formas, são sempre "retas" buscando "curvas", movimentos simples,dois para lá e dois para cá, para cima e para baixo, tudo é uma questão de encontrar o eixo e se deixar levar o problema é quando descobrimos que teremos que dançar sozinhos na ultima dança, ninguém te conduz, ninguém te aplaude e se alguém te espera do outro lado do salão, é outro mistério... Tudo que sei é que cada volta que dou me vejo mais sozinha, fecho os olhos um instante e quando os reabro, la se vai outro, atravessando sozinho o salão, as luzinhas vão se apagando e eu vou ficando cada vez mais só, sem saber se a musica ainda dura uma volta inteira, sem saber em que momento o ritmo mudara para mim, só para mim...

quarta-feira, 25 de maio de 2011


A rotina é uma maldição,
Esta na dobra da pele,
Esta no toque frio do despertador,
No vicio dos meus pés
Que teimam andar sempre em sua direção

Ménage de Estela



...No corredor entre os quartos, Otavio questionava o comportamento suspeito da esposa que havia sumido de seu leito no meio da noite e que agora encontrara vagando em frente ao quarto de hospedes onde estava o primo recém chegado...

- Armando é meu primo, meu irmãozinho, como você tem coragem?... Não admito que me trates como uma qualquer, nem que ponhas em duvida minha honra e meu caráter. Só te digo isto pos se deres mais um passo jamais te perdoarei. Você não me respeita então não terei piedade ao te abandonar.
Pois as mãos no rosto e fingindo chorar Estela falou que sairia da casa ainda aquela noite.
Envergonhado Otavio ajoelhou-se diante dela.
-Perdoe-me anjo, sou uma besta, um estúpido... Sempre fostes uma santa e eu um pecador. Tirei-te do convento e te roubei a virgindade e agora te perturbo com meu ciúme, minha falta de trato... Perdoe-me... Suplico-te que me perdoe...
Segurando a mão estendida do marido Estela ajudou-o a levantar, com ar sereno digno de uma verdadeira santa ela respondeu que ele estava para sempre perdoado em seu coração e que o amor que sentia por ele a impedia de imaginar-se vivendo longe, mas exigiu que não a feri-se mais daquela forma, pois alem de injusto era muito cruel.
-Estou profundamente arrependido e envergonhado, fui um imbecil desconfiando de você, de seu primo, fui pernicioso e agora preciso ajoelhar-me também diante de Armando, vou pedir que me perdoe para aliviar o peso de minha consciência.
- Não querido, isso não é necessário, Armando dorme não precisamos chateá-lo com essas coisas ele pode não querer mais ficar em nossa casa pode ficar triste e ir embora, ele é meu único parente, por favor, querido vamos voltar para nosso quarto e esquecer essa noite.
Armando que ouvia tudo atrás da porta, correu e deitou-se na cama, pois sua cara mais inocente e fingiu dormir.
Ignorando os apelos de Estela Otavio entrou no quarto... Estela o seguiu
- Armando... Armando meu primo acorde (sussurrando)
-O que houve primos? O que fazem aqui? Aconteceu alguma coisa?
Fingindo surpresa Armando pulou da cama.
Quando ia começar a desculpar-se, Otavio percebeu uma pequena peça dourada presa à calça de pijama de Armando, um pequeno brinco de ouro idêntico ao que Estela havia usado no jantar. Ao olhar mais atentamente para esposa notou que ela usava apenas um brinco o outro estava preso ao primo. Estela o havia perdido ao interromper a deliciosa chupeta que fazia nele ao ouvir Otavio chamando por ela.
Meio atordoado Otavio segurou-a firme pelos cabelos.
-Maldita meretriz, então me enganaste todo o tempo? Vadia, enganadora, com mel nas palavras me fizeste pedir perdão, sendo eu a vitima.
Jogou-a para fora do quarto e chorando jurou mata-la ali mesmo.
Armando paralisado pelo medo não soltou um único protesto, afinal não valia a pena antecipar ainda mais sua morte por ela, não estava apaixonado, amava na prima apenas os lábios carnudos e a pele sempre quente.
Estela gritava, implorava piedade rolava pelo chão, tentava fugir... Otavio descontrolado pela dor que sentia a perseguia e arrastava-a de volta.
-Diga há quanto tempo? Diga-me vagabunda... Há quanto tempo é no gozo de outros que você satisfaz seus instintos? Fala para mim o que te deixei faltar... Transaste com ele hoje enquanto eu dormia? Ele derramou em ti o prazer que sentiu?
-deixe-me ver... Deixe-me ver se ainda esta quente...
-Dizia estas coisas enquanto louco tentava erguer as saias de Estela jogou-a mais uma vez violentamente no chão do corredor, pesou sobre seu franzino corpo e segurou seus pulsos com uma única mão enquanto com a outra lhe forçava a abrir as pernas. Estela já não gritava. Com alguma dificuldade Otavio afastou seus joelhos e deitado entre eles buscou a fenda luxuriosa da infiel esposa, sem muita resistência meteu-lhe dois dedos na úmida e escorregadia abertura, Estela gemeu... Um gemido lascivo e obsceno abriu um pouco mais as pernas e mordendo o lábio, fez um sutil movimento com os quadris fazendo com que os dedos do marido fossem um pouco mais fundo dentro dela.
Otavio sentiu seu membro pulsar. Um desejo sujo e inexplicável cresceu dentro dele e o fez tremer. Inutilmente tentando controlar aquela vontade ele puxou rapidamente a mão.
Estela abriu os olhos como se pedisse mais. Otavio não pode mais resistir e rendido beijou-a como nunca, enfiou-lhe a língua pela boca quente mordeu-lhe os lábios. Rasgou facilmente o vestido dela deixando amostra os belos seios alvos os mamilos rosados trepidavam de desejo e apavoramento lambeu e chupou-os voluptuosamente.
Ergueu-a e levou-a nos braços ate o quarto de Armando que fazia as malas apressadamente. Jogou-a sobre a cama e começou a se despir...
-Mostre-me primo... Mostre-me como ela gosta de ser amada...
Assustada e extremamente excitada Estela tirou o vestido rasgado, deitou-se e num convite sem palavras entreabriu as pernas.
Deitaram-se os dois com ela, um de cada lado, cegos, totalmente tomados pelo desejo preencheram-na completamente. Palavras eram desnecessárias, apenas os gemidos deles ecoavam na casa dormente e foi também assim nas noites que seguiram esta. E assim foram felizes por algum tempo