sexta-feira, 27 de maio de 2011

27 de maio de 2011


Madrugada estranha... Calor, chuva, arrepios... Meu coração em frangalhos, meus nervos a flor da pele e a flor da pele desidratando ... A algum tempo, quase tudo é cansaço e frustração. Descobri tardiamente que sou um organismo de carências simples, comer, excretar, dormir, comer... A vida é feita de pequenos e grandes círculos finitos, de delicias, letargio, imundícies e morte. Eu via o mundo escondida por trás da película rosa de minha ignorância e realmente pensei ser esta sua cor, mas tarde resolvi me aventurar, envenenada pela melosidade das mocinhas de novela... Imaginem meu susto ao ver o mundo como ele é...A ausência de cores, a simplicidade das formas, são sempre "retas" buscando "curvas", movimentos simples,dois para lá e dois para cá, para cima e para baixo, tudo é uma questão de encontrar o eixo e se deixar levar o problema é quando descobrimos que teremos que dançar sozinhos na ultima dança, ninguém te conduz, ninguém te aplaude e se alguém te espera do outro lado do salão, é outro mistério... Tudo que sei é que cada volta que dou me vejo mais sozinha, fecho os olhos um instante e quando os reabro, la se vai outro, atravessando sozinho o salão, as luzinhas vão se apagando e eu vou ficando cada vez mais só, sem saber se a musica ainda dura uma volta inteira, sem saber em que momento o ritmo mudara para mim, só para mim...

quarta-feira, 25 de maio de 2011


A rotina é uma maldição,
Esta na dobra da pele,
Esta no toque frio do despertador,
No vicio dos meus pés
Que teimam andar sempre em sua direção

Ménage de Estela



...No corredor entre os quartos, Otavio questionava o comportamento suspeito da esposa que havia sumido de seu leito no meio da noite e que agora encontrara vagando em frente ao quarto de hospedes onde estava o primo recém chegado...

- Armando é meu primo, meu irmãozinho, como você tem coragem?... Não admito que me trates como uma qualquer, nem que ponhas em duvida minha honra e meu caráter. Só te digo isto pos se deres mais um passo jamais te perdoarei. Você não me respeita então não terei piedade ao te abandonar.
Pois as mãos no rosto e fingindo chorar Estela falou que sairia da casa ainda aquela noite.
Envergonhado Otavio ajoelhou-se diante dela.
-Perdoe-me anjo, sou uma besta, um estúpido... Sempre fostes uma santa e eu um pecador. Tirei-te do convento e te roubei a virgindade e agora te perturbo com meu ciúme, minha falta de trato... Perdoe-me... Suplico-te que me perdoe...
Segurando a mão estendida do marido Estela ajudou-o a levantar, com ar sereno digno de uma verdadeira santa ela respondeu que ele estava para sempre perdoado em seu coração e que o amor que sentia por ele a impedia de imaginar-se vivendo longe, mas exigiu que não a feri-se mais daquela forma, pois alem de injusto era muito cruel.
-Estou profundamente arrependido e envergonhado, fui um imbecil desconfiando de você, de seu primo, fui pernicioso e agora preciso ajoelhar-me também diante de Armando, vou pedir que me perdoe para aliviar o peso de minha consciência.
- Não querido, isso não é necessário, Armando dorme não precisamos chateá-lo com essas coisas ele pode não querer mais ficar em nossa casa pode ficar triste e ir embora, ele é meu único parente, por favor, querido vamos voltar para nosso quarto e esquecer essa noite.
Armando que ouvia tudo atrás da porta, correu e deitou-se na cama, pois sua cara mais inocente e fingiu dormir.
Ignorando os apelos de Estela Otavio entrou no quarto... Estela o seguiu
- Armando... Armando meu primo acorde (sussurrando)
-O que houve primos? O que fazem aqui? Aconteceu alguma coisa?
Fingindo surpresa Armando pulou da cama.
Quando ia começar a desculpar-se, Otavio percebeu uma pequena peça dourada presa à calça de pijama de Armando, um pequeno brinco de ouro idêntico ao que Estela havia usado no jantar. Ao olhar mais atentamente para esposa notou que ela usava apenas um brinco o outro estava preso ao primo. Estela o havia perdido ao interromper a deliciosa chupeta que fazia nele ao ouvir Otavio chamando por ela.
Meio atordoado Otavio segurou-a firme pelos cabelos.
-Maldita meretriz, então me enganaste todo o tempo? Vadia, enganadora, com mel nas palavras me fizeste pedir perdão, sendo eu a vitima.
Jogou-a para fora do quarto e chorando jurou mata-la ali mesmo.
Armando paralisado pelo medo não soltou um único protesto, afinal não valia a pena antecipar ainda mais sua morte por ela, não estava apaixonado, amava na prima apenas os lábios carnudos e a pele sempre quente.
Estela gritava, implorava piedade rolava pelo chão, tentava fugir... Otavio descontrolado pela dor que sentia a perseguia e arrastava-a de volta.
-Diga há quanto tempo? Diga-me vagabunda... Há quanto tempo é no gozo de outros que você satisfaz seus instintos? Fala para mim o que te deixei faltar... Transaste com ele hoje enquanto eu dormia? Ele derramou em ti o prazer que sentiu?
-deixe-me ver... Deixe-me ver se ainda esta quente...
-Dizia estas coisas enquanto louco tentava erguer as saias de Estela jogou-a mais uma vez violentamente no chão do corredor, pesou sobre seu franzino corpo e segurou seus pulsos com uma única mão enquanto com a outra lhe forçava a abrir as pernas. Estela já não gritava. Com alguma dificuldade Otavio afastou seus joelhos e deitado entre eles buscou a fenda luxuriosa da infiel esposa, sem muita resistência meteu-lhe dois dedos na úmida e escorregadia abertura, Estela gemeu... Um gemido lascivo e obsceno abriu um pouco mais as pernas e mordendo o lábio, fez um sutil movimento com os quadris fazendo com que os dedos do marido fossem um pouco mais fundo dentro dela.
Otavio sentiu seu membro pulsar. Um desejo sujo e inexplicável cresceu dentro dele e o fez tremer. Inutilmente tentando controlar aquela vontade ele puxou rapidamente a mão.
Estela abriu os olhos como se pedisse mais. Otavio não pode mais resistir e rendido beijou-a como nunca, enfiou-lhe a língua pela boca quente mordeu-lhe os lábios. Rasgou facilmente o vestido dela deixando amostra os belos seios alvos os mamilos rosados trepidavam de desejo e apavoramento lambeu e chupou-os voluptuosamente.
Ergueu-a e levou-a nos braços ate o quarto de Armando que fazia as malas apressadamente. Jogou-a sobre a cama e começou a se despir...
-Mostre-me primo... Mostre-me como ela gosta de ser amada...
Assustada e extremamente excitada Estela tirou o vestido rasgado, deitou-se e num convite sem palavras entreabriu as pernas.
Deitaram-se os dois com ela, um de cada lado, cegos, totalmente tomados pelo desejo preencheram-na completamente. Palavras eram desnecessárias, apenas os gemidos deles ecoavam na casa dormente e foi também assim nas noites que seguiram esta. E assim foram felizes por algum tempo