quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Fragmentos de alma...3

Eu tentei me livrar de tudo que lembrava você, rasguei tuas cartas, esvaziei o coração, tirei tudo que tinha dentro, passei anos tentando matar nossa história. Já não escutava mais o som da tua voz, eu já não olhava as estrelas, já não sabia mais gosto da tua boca, pois quando te beijei pela ultima vez você já não estava lá, as nossas canções já não tinham mais sentido. Tive outras paixões, que chegaram e partiram tão fácil e sem profundidade, ao ponto de nem tocar meu coração. Mas na mente ainda ficaram algumas cartas, que imediatamente repassei para meu coração, para não deixá-lo tão vazio. E foi assim que descobri que nossa historia não tinha como se decompor porque foi criada de matéria pura... Amor, pó de estrela, perdão... Fé.

Essa história vem sendo escrita a muitas vidas e mesmo morrendo aqui, vai se recompor em outro lugar.

B.F

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


Hoje eu queria te levar um beijo de boa noite. Um beijo delicado sobre tua testa, sem nenhuma outra intenção além de te desejar uma boa noite de sono. Nem pedir para estar em teus sonhos, nem pedir para dormir ao teu lado. Queria apenas te ver doce, te ver repousar com todas as inseguranças e perspectivas de um menino, já que a barba será feita somente antes do trabalho, já que os compromissos, por enquanto, estão apenas na agenda, já que o coração está tranqüilo e quase amando uma menina que queria beijar sua testa pelas noites que virão, já que o sono parece uma boa cama para os sonhos que ainda precisam esperar, já que agora o homem pode tirar a máscara e deixar o nu da face iluminar um punhado de estrelas que moram no teto do seu quarto, já que o tempo entre um pensamento e outro é tão rápido e tão milagroso que pode despertar o próximo dia.

Cáh Morandi
Te amo...

Beijo-flor

O beijo é flor no canteiro ou desejo na boca?
Tanto beijo nascendo e colhido na calma do jardim nenhum beijo beijado (como beijar o beijo?) na boca das meninas e é lá que eles estão suspensos invisíveis.


Carlos Drumond de Andrade